Diário de quarentena


Faltam 5 minutos para o despertador acordar. Nestes minutos, eu penso em tudo o que me está destinado a acontecer hoje. Ou pelo menos o que penso que me irá acontecer… mal posso esperar que a quarentena acabe para que possa ver a minha família.
Ao contrário de muitas pessoas, estou bastante satisfeita com esta quarentena. Finalmente consigo gerir o meu tempo sem as normais condicionantes como a escola, centro de estudos e muitas outras atividades. Tenho a sorte de ter uma família e por isso nesta quarentena não tenho sentido falta de presença humana, como muitas pessoas devem sentir, porque tenho companhias fenomenais. As redes sociais também colaboram bastante a manter as amizades vivas, a sugerir modos de vida para passar esta quarentena sem sermos infetados e a não termos dias enfadonhos, porque por mais que me divirta com os meus familiares, não convém que acabem temas de conversa…
Nesta quarentena podem surgir muitas mudanças. Talvez um maior rigor na higiene individual, a valorização de pequenos momentos que nem sequer dávamos conta que eles existiam ou que necessitávamos deles, um maior sentimento de união e compaixão, entre nações e pessoas, pois o mal que o meu vizinho tem (aquele que é rabugento e de que não gostas nada) posso tê-lo também amanhã. Por isso, se quiser que tudo esteja bem comigo, também tenho de me preocupar com os outros, mesmo que as consequências esperadas não sejam a curto prazo.
“Há males que vêm por bem”.
 Leonor
Padlet Profª Regina

Comentários