Diário da Quarentena

Ficar confinado em casa faz-nos olhar para o mundo de outra forma

As coisas não variam muito entre estudar, fazer trabalhos e jogar com amigos. Também, estando em estado de emergência, não se pode sair para ir passear de carro... Então, o único dia que foi diferente foi domingo, dia da mãe. A minha mãe recebeu de presente, que nós comprámos, um novo telemóvel e adorou, pois tinha um da idade da pedra.

     Ao final da tarde, como já não estava muito calor, saímos de casa e fomos todos a pé até às salinas de Alhos Vedros. Conseguimos apanhar a maré baixa e estava lá um bando de flamingos. Tentámos aproximar-nos o máximo possível deles, mas ainda ficámos um pouco distantes. O meu pai, como sempre, meteu-se pelas silvas adentro para tirar umas fotos, mas eles deram conta e começaram a ficar agitados, a esticar o pescoço e a agitar as asas. Qual não foi o meu espanto quando eles abriram as asas e eu pude ver que a cor das mesmas é salmão com uma barra preta nas pontas, mas o resto do corpo é branco. 

     Soube-me bem sair de casa e foi divertido. Quando isto tudo acabar, a primeira coisa que vou fazer é karting. Precisamente nesta altura, quando descubro uma escola de karting, que eu tanto gostava de experimentar, surge o vírus que me impossibilita.
Guilherme
Padlet Profª Matilde A.

Comentários

  1. Guilherme como é habitual um relato muito equilibrado e que reflete muito bem os teus valores.
    Parabéns Guilherme.
    Um abraço para ti e para os teus familiares.

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