Carta de despedida ...

 Querida escola Alfredo da Silva,

Foi-nos pedido que te dedicássemos uma carta, cujo objetivo é narrar a nossa experiência enquanto alunos prestes a abandonar-te. Pessoalmente, acho que a melhor forma de descrever o tempo que partilhei contigo é dizer que o senti como uma montanha-russa de emoções.

Assim, posso admitir que nem sempre foi fácil lidar com o stress escolar e/ou social, derivado de toda a pressão com as médias, entrada para a faculdade e ainda com a pandemia que surgiu e que consigo trouxe uma mixórdia de irregularidades, entre as quais as aulas online. No entanto, não foram estas dificuldades que mais me marcaram ao longo dos 3 anos em que te frequentei. Sempre que tento recordar algo relacionado contigo, as memórias que me surgem costumam ser as mais felizes: aulas a fio a rir, praticar volley na praia, o “desânimo” associado à palavra “milha”, experiências nos laboratórios de físico-química e biologia, horas seguidas a olhar para rochas e a estudá-las, os pães com chouriço aquecidos do bar (que foram infelizmente descontinuados), os pósteres na parede a tapar buracos que te dão um ar mais requintado, as tentativas falhadas de diagnosticar todas as doenças mentais de Fernando Pessoa, etc.

Nem tudo foi um mar de rosas, mas esteve longe de poder ser considerado um trajeto com uma conotação negativa. Aliás, irás, sem dúvida alguma, deixar saudades e terás sempre uma importância enorme no que diz respeito ao crescimento e à educação daqueles que serão “o futuro da nossa geração”, como os professores costumam dizer. Um obrigada não chega para agradecer por todos os momentos, mas aconselho-te a arranjar uns lencinhos para os questão por vir, porque a caminhada não é fácil, ainda que no fim valha a pena.

Muitos beijinhos e um até já.

                                                                Marta Correia, 12ºB

                                                             Professora Regina Rico 




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