Diário da Quarentena

Ficar confinado em casa faz-nos olhar para o mundo de outra forma 



 Fechado em casa desde o dia 12 de março, obrigado a este confinamento a que estamos sujeitos, confesso que  os dias parecem mais longos do que o normal.
  Na minha mente, os dias deixaram de ter 24 horas, passando a ter 48 ou mais. Parece que não têm fim…
  Acordo, faço as minhas obrigações escolares e, daí até chegar o fim do dia, é um contar de horas e minutos.
  Dou por mim a olhar para a janela, à espera de uma mensagem em que digam:
  "- Está tudo curado, não há perigo, podem sair…..!!!"
  Mas não, nada disso é ouvido…
  Os meus dias são divididos entre os trabalhos que tenho que fazer para a escola, para tentar não perder o ritmo, mas adoro quando tenho aulas pelo Zoom, pois só assim tenho a oportunidade de ver os meus colegas/amigos.
  Todos os dias vou até ao parque em redor da minha casa e ando de bicicleta, sempre "mascarado", tal como somos obrigados. Ninguém me reconhece, assim como eu não consigo reconhecer ninguém. Parece que tudo em nosso redor mudou…
  Este confinamento ensinou-me a dar mais valor às coisas, aquelas que nos rodeiam… Até passei a gostar de ouvir a minha irmã de a cantar, de uma forma infinita, a música do Frozen…
  Acho que vai ficar na minha memória, durante esta quarentena, o dia 25 de Abril, pois a minha mãe fez questão de que tirássemos os pijamas e nos vestíssemos com outra roupa, fingindo que íamos almoçar fora (claro que ficámos em casa, na nossa cozinha, mas com o requinte de um restaurante). Também brincámos e jogámos.
  Foi um dia diferente, muito agradável, no qual, por momentos, esquecemos a existência deste vírus, que nos está a tirar o simples facto de abraçarmos quem gostamos.
Tiago 
Padlet Professora Matilde A.

Comentários