Escritor do mês de dezembro - Luis Sepúlveda



Luís Sepúlveda, nasceu em Ovalle, uma pequena aldeia no Norte do Chile, no di 4 de Outubro de 1949.  
Começou a escrever quando era aluno do Liceu de Santiago do Chile. Em 1964 ingressou nas fileiras da Juventude Comunista Chilena e continuou a escrever poesia e contos. O seu livro Crónicas de Pedro Nadie, publicado em 1969, recebeu o Prémio Literário da Casa das Américas e também uma bolsa de estudo de cinco anos na Universidade Lomonosov de Moscovo. No entanto só ficaria cinco meses na capital soviética, pois foi expulso da universidade por “atentado à moral proletária”, regressa ao Chile e aí é também expulso da Juventude Comunista.
Em 1970, depois de obter um diploma em Encenação Teatral, começou a exercer essa arte, enquanto dividia também o seu tempo entre a política, a direção de uma cooperativa agrícola e a locução de programas de rádio.
Em 1973 entrou na estrutura militante do Partido Socialista, onde chegou a fazer parte da segurança de Salvador Allende. Com a chegada de Augusto Pinochet ao poder, Sepúlveda foi preso, acusado de traição à pátria e conspiração revolucionária, entre outros crimes, foi julgado por um tribunal militar em fevereiro de 1975, que o condenou à pena de vinte e oito anos de prisão. Na prisão de Temulo teve oportunidade de conviver com diversas figuras de relevo que Pinochet mandara prender. Em 1977, após muita insistência da Amnistia Internacional, a sua pena foi mudada para oito anos de exílio na Suécia.
Viajou e trabalhou no Brasil, Uruguai, Paraguai e Peru. Viveu no Equador entre os índios Shuar, onde participou numa missão de estudo da UNESCO. Sepúlveda era, na altura, amigo de Chico Mendes, herói da defesa da Amazónia. Em 1989, publicou o seu primeiro romance Un Viejo Que Leía Novelas De Amor (O Velho Que Lia Romances de Amor), que dedicou a Chico Mendes e com o qual alcançou de imediato um enorme sucesso internacional, tendo sido traduzido para cerca de trinta e cinco línguas.
Depois de dezasseis anos afastado do seu país, Sepúlveda viu finalmente ser-lhe permitido o regresso e continuou o seu trabalho literário. Em 1989 publicou Mundo Del Fin Del Mundo (Mundo no Fim do Mundo), em 1995, Patagonia Express (Patagónia Express), no ano seguinte, Diario di un Killer Sentimentale (Diário de um Killer Sentimental), ainda em 1996 Historia de una Gaviota y del Gato que le Enseñó a Volar (História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar), em 1997 Desencuentros (Encontro de Amor num País em Guerra), em 2000 Historias Marginales, (As Rosas de Atacama), em 2002 Hot Line, Moleskine: Apuntes e Reflexiones, em 2004 (Uma História Suja) e em 2005 Los Peores Cuentos de los Hermanos Grim (Os Piores Contos dos Irmãos Grim), tendo este último sido escrito em parceria com Mario Delgado Aparaín. Nas obras que se seguiram O Poder dos Sonhos, em 2006, e Crónicas do Sul, em 2008, o escritor usou o seu país como tema da narrativa. Ainda em 2008 o autor regressa à ficção com A Lâmpada de Aladino, 13 contos cujos temas vão desde a Alexandria de Kavafis, o Carnaval em Ipanema, a Patagónia, o Santiago do Chile nos anos 60, a recôndita fronteira do Perú, a Colômbia e o Brasil, até uma cidade de Hamburgo fria e chuvosa.
Sepúlveda viu a sua obra literária premiada em diferentes ocasiões: recebeu, em 1976, o Prémio Gabriela Mistral de Poesia e em 1978 o Prémio Rómulo Gallegos de Novela, em 1988 o Prémio Tigre Juan de Novela e em 1990 o Prémio de Relatos Curtos «La Felguera». Homem de muitas facetas trabalhou também como argumentista, realizador, editor, ator, director de fotografia e produtor.
O Centro de Recursos Educativos dispõe de alguns títulos deste autor:



BOAS LEITURAS


Comentários